terça-feira, 14 de maio de 2013

SUSPIROS DA DIREITA RESSENTIDA


Nonato Menezes

A mentalidade conservadora quando sente seu poder periclitar reage, quase sempre, de maneira violenta. Usa armas quando o momento histórico lhe propicia, ou impõe o medo quando ainda restam mecanismos de Estado capazes de controlar as manifestações políticas e sociais. Tem sido assim, aqui e alhures.    
                No Brasil, por não termos cultura política democrática, os setores direitistas se veem aflitos quando a História nos possibilita momentos livres para o debate, para o questionamento e para a cobrança. Eles se alvoroçam quando perdem as chances de se associarem a quaisquer nichos de poder e tentam se sobressair com destempero de suas linguagens e, por pura carência, com exaltação de seus egos.
                Vemos isso nos partidos políticos, em setores da mídia e, claro, nas instâncias da Educação formal.

                Neste último caso, especificamente no Ensino Básico Público daqui do Distrito Federal, onde temos tido oportunidade de acompanhar de perto, desde a década de noventa, a ação conservadora foi quem mais atuou. No poder e ao ritmo da onda liberal, ela fez o que pode para favorecer o comércio de ensino. Precarizou o setor público, impediu avanços na melhoria do desempenho escolar e represou o debate em todas as instâncias da Secretaria de Educação. Tão fortes foram suas ações que hoje temos um dos piores ensinos do Brasil.
                Na década de noventa, precisamente nos anos 1995 a 1998, foram criadas as condições necessárias para o debate sobre uma alternativa à fracassada seriação. Naquele momento o modelo de Ciclos chegou a ser implantado em toda a fase inicial de aprendizagem, mas foi suprimido logo que os conservadores voltaram ao poder.
                A despeito do recrudescimento do debate durante os doze anos de governos do atraso, hoje há uma retomada da discussão sobre a substituição do modelo seriado e novamente o Ciclo está sendo defendido como alternativa viável.
                Em parte, a discussão tem sido incentivada pela Secretaria de Estado, mas ainda não adquiriu o calor e o aprofundamento teórico semelhante a que ocorreu naquele momento, embora haja uma novidade que é a estratégia da direita ao se opor à implantação de uma nova política de Educação para o Distrito Federal.
                Dos caminhos tomados pelos ressentidos, um tem feito barulho, mas nada que garanta eficácia, pois impedi-lo contraria o preceito constitucional, cujo amparo ao governo no planejamento e execução das políticas públicas é inequívoco. Sinpro/DF, Conselho de Educação e, principalmente, o Ministério Público estão jogando para a plateia e não enganam ninguém. Se não há interesses escusos na ação, difícil não estarem a serviço do lobby do comércio de ensino que hoje está muito forte no Distrito Federal.
                A direita ressentida, também têm se manifestado nas escolas. Ela grita, agride, faz um esforço enorme para inviabilizar quaisquer debates sobre possível novidade no sistema de ensino. Ela não suporta discussão. Por um lado, faltam-lhe argumentos; por outro, julga os demais, arrogantes, chapa branca ou, quando quer parecer elegante, chama-os de sonhadores.
                Vimos esta clareza de caráter, numa escola em Ceilândia, onde foi criado um blog para abrigar as ideias dos que são contra o modelo de Ciclo. Este é o endereço: http://manifestocontraosciclosnodf.blogspot.com.br/. Acesse e se delicie com os bons argumentos, dentre eles, você encontrará um tratado de bobagens que além de ser um atoleiro de clichês, esbalda-se nas agressões a pessoas e instituições, sem contar inúmeros erros de concordância, de pontuação e ideias desconexas cometidas por um professor. Esse foi republicado em um “blog” que se divulga como defensor da liberdade de expressão, mas se tornou num abrigo para quem quiser agredir.
                O exaltado companheiro disse que estava sonolento ao escrever o tratado. (Imagine quem se propõe a fazer sua leitura!) Revelou ter 25 anos (isso mesmo, vinte e cinco anos) como aluno e não economizou nas tolices sobre os pressupostos do modelo de Ciclo. Contei meu tempo como aluno. Como não fui além da especialização, também não pude ir além de dezoito anos de banco escolar. Pelo visto, o atormentado companheiro chegou ao pós, pós-doutorado. Que bom para o sistema de ensino do DF ter pessoa tão qualificada!
                Em seu tratado o companheiro atormentado, sentiu-se agressor ao me chamar de “teórico de boteco”. Engano seu. Título ao qual devo agradecê-lo, pois me deu uma boa contribuição pedagógica. Até então, não havia percebido que nos “bares da vida” há mais teoria do que em nossas escolas. E nem recuo muito para chegar a esta conclusão.
                Aconteceu no último sábado, dia 11 deste mês. Com um amigo que, também, é companheiro de trabalho, enveredamos pelo sentimento pessimista que reina em nosso sistema de ensino. Conversamos sobre a depressão que acomete muitos de nossos colegas e viajamos no “deprê” da sociedade de consumo. E claro, fomos buscar algumas ideias no filósofo romeno, Emil Cioran que diante do marasmo sugere que “nos reconciliemos com o tédio”. Nossas escolas...
                Não que eu queira trocar a escola por um boteco, evidentemente. Acredito que a Educação formal é um dos vetores sociais e jamais serei contra o que nela acontece. Porém, não posso deixar de admitir que, numa discussão sobre Ciclo, portanto, sobre política pública, ouvir como referência Ana Maria Braga, é demais! A mesma que em um de seus programas sobre o aniversário de Juazeiro do Norte, disse que aquela cidade fica no Norte do Brasil. Aceitá-la como referência numa discussão com educadores graduados é ter que, inexoravelmente, aceitar o desconforto do fundo do poço. Não tenho tino para arrogância, mas posso até admitir que seja eu o desatento, pois é possível que a apresentadora entenda muito bem de Pedagogia, mas nada de Geografia. O que é plausível. Daí, a referência, talvez.
Entre os insultos, as estratégias desesperadas da direita e a exigência social por mudança qualitativa no Ensino Público há um hiato que deverá ser preenchido pela firmeza do governo em seguir os preceitos constitucionais, que somente a ele cabe planejar e executar as políticas públicas que a sociedade precisa. Contemporizar com interesses corporativos, permitir que seja opcional esse ou aquele projeto ou ceder a pressões sustentadas por interesses escusos, apenas adia as mudanças necessárias e urgentes que o ensino público precisa.
Ainda que os ressentidos esbravejem, seus gritos não alteram o curso da História, pois ela não perdoa. Ela sorri dos descontentes.


27 comentários:

  1. 1- "nos possibilita momentos livres para o debate, para o questionamento e para a cobrança."

    R= Debate significa possibilidade de mudar a sua opinião. Você não realiza debate, realiza doutrinamento e agride os professores ao buscar refutar teimosamente todos os seus posicionamentos.

    2- "Tão fortes foram suas ações que hoje temos um dos piores ensinos do Brasil."

    R= Mentira. Prove. Argumento lançado ao vento.

    3- "novamente o Ciclo está sendo defendido como alternativa viável."

    R= Alternativa viável? Então poderemos escolher?

    4- "Dos caminhos tomados pelos ressentidos, um tem feito barulho, mas nada que garanta eficácia, pois impedi-lo contraria o preceito constitucional, cujo amparo ao governo no planejamento e execução das políticas públicas é inequívoco."

    R= Tradução: ser eleito com outras propostas e do nada sacar do bolso uma reforma profunda, imposta e que até agora não mostrou resultados realmente positivos nas grandes capitais de todo o país. O nome disto é TRUQUE. Manipulação da máquina pública!

    5- "A direita ressentida, também têm se manifestado nas escolas. Ela grita, agride, faz um esforço enorme para inviabilizar quaisquer debates sobre possível novidade no sistema de ensino. Ela não suporta discussão. Por um lado, faltam-lhe argumentos.."

    R= Realizamos a proposta de criar um novo sistema educacional para o DF baseado no debate entre todas as suas unidades de Ensino. Seu governo está impondo os ciclos. Sem reduzir o número de estudantes por sala. Sem investir na estrutura física das escolas. Você já deixou claro que não sabe responder estas questões.

    6- "Acesse e se delicie com os bons argumentos, dentre eles, você encontrará um tratado de bobagens que além de ser um atoleiro de clichês"

    R= O manifesto é baseado no estudo sobre a utilização dos ciclos em outros estados. Cite os clichês. Apontar os erros de maneira geral é muito fácil e não demonstrada nada. Só que você está nervosinho novamente.

    7- "Esse foi republicado em um “blog” que se divulga como defensor da liberdade de expressão, mas se tornou num abrigo para quem quiser agredir."

    R= O dono do blog não concorda com a maioria dos meus argumentos e mesmo assim publicou. É um blog aberto, com muitas visitas e recebi vários comentários positivos. Você por outro lado, fugiu para o "colinho" da mamãe.

    8- "O exaltado companheiro disse que estava sonolento ao escrever o tratado. (Imagine quem se propõe a fazer sua leitura!) Revelou ter 25 anos (isso mesmo, vinte e cinco anos) como aluno e não economizou nas tolices sobre os pressupostos do modelo de Ciclo."

    R= Revelei ter mais de 25 anos. A minha experiência como estudante começou em casa, com meus pais.Eu mesclei todo este conhecimento tácito para elaborar as teorias descritas nos 14 pontos. Na sua visita ao CEF 27 em 2012 você não conhecia o significado do termo tácito, realizou um tremendo show birrento de manipulação no grito, desvirtuando a palavra. Deixei de debater, pois acho que ficaria magoado se eu esfregasse o dicionário na sua cara. Espero que nas próximas vezes não utilize escândalos. Comente sobre as tolices e apresente sua visão sobre o cotidiano das escolas planejado para 2014, 2015 e os anos seguintes. Você não consegue nem explicar as teorias no seu curso de doutrinamento. Eu posso filmar ou gravar os encontros?

    ResponderExcluir
  2. 9- "Em seu tratado o companheiro atormentado, sentiu-se agressor ao me chamar de “teórico de boteco”. Engano seu."

    O parágrafo em questão: "Desafio os membros das regionais (especialmente o meu amigão Nonato Menezes; especialista em proferir tolices, mas apenas em ambientes privados), teóricos de boteco e faculdade, membros do governo, o fantasma de Paulo Freire (tem vários oráculos que falam por ele e criam verdadeiros Evangelhos da Educação), eternos sonhadores e outras criaturas para a dissecação e negação das minhas ideias."

    Opa, Nonato é o amigão da regional. Outras pessoas também estão convidadas. Eu nem sei se você poder beber na sua idade. Até suco pode ser perigoso.

    10- 'Não que eu queira trocar a escola por um boteco, evidentemente. Acredito que a Educação formal é um dos vetores sociais e jamais serei contra o que nela acontece. Porém, não posso deixar de admitir que, numa discussão sobre Ciclo, portanto, sobre política pública, ouvir como referência Ana Maria Braga, é demais!"

    R= No dia do fórum, a professora Ana citou uma entrevista realizada no Programa da Ana Maria Braga. A opinião pessimista dela é parecida com a da maioria dos pais, professores e estudantes sobre os cilos. Mais uma vez desvirtua a palavra e busca desqualificar a argumentação alheia citando tudo pelas metades e usando seus patologias partidárias para desvirtuar o discurso.

    10- "Aceitá-la como referência numa discussão com educadores graduados é ter que, inexoravelmente, aceitar o desconforto do fundo do poço."

    R= Ela é mãe e avó. Eu quero saber a opinião dela e dos pais. Sua soberba o impede de perceber que este projeto é coisa de poucos que estão no governo contra a opinião de muitos que não estão nele. Imposição partidarista!

    11- "Entre os insultos, as estratégias desesperadas da direita e a exigência social por mudança qualitativa no Ensino Público há um hiato que deverá ser preenchido pela firmeza do governo em seguir os preceitos constitucionais, que somente a ele cabe planejar e executar as políticas públicas que a sociedade precisa. Contemporizar com interesses corporativos, permitir que seja opcional esse ou aquele projeto ou ceder a pressões sustentadas por interesses escusos, apenas adia as mudanças necessárias e urgentes que o ensino público precisa."

    R= Formidável. O governo possui poderes ilimitados. Que cheiro forte de ditadura do proletariado. Ditadura composta pelo partido, seus teóricos e sua habilidade de desqualificar a opinião popular.


    Conclusão: você escreveu, escreveu e não chegou a lugar nenhum. Apenas afirmou mais uma vez que o governo pode impor projetos e que os professores devem aceitar caladinhos. Depois entra a Direita novamente, joga o projeto no lixo e faz outro pior. Percebe o quanto sua linha de pensamento é alienante e imbecil? Percebe o quanto seu fórum de debates apenas finge que debate? Percebe que seu texto possui uma série de tentativas de desqualificação Ad Hominem? Você não explicou nada sobre os funcionamento dos ciclos, não foi capaz de realizar comparações nos estados no qual o sistema está sendo utilizado, desvirtuou ideias, mentiu um bocado e não foi capaz de contestar nenhum dos 14 pontos contidos no meu artigo. A maioria dos professores que eu conheço que conhecem você não possuem avaliações nada positivas sobre a sua conduta. Volta pra sala de aula. As portas do CEF 27 estão abertas para vossa realeza!

    ResponderExcluir
  3. Preciso perguntar somente mais algumas coisas

    1- Quando um governo governa apenas para si...ele não deveria ser deposto?
    2- Como o governo é dono da razão..eu devo realizar a próxima greve? Ou devo seguir os planos dele como um mero vassalo?
    3- A foto que você utilizou no artigo é sua quando era mais jovem ou é de outro membro da família?
    4- Você ainda defende a ideia de que devemos fazer o curso por ter preguiça de irmos até a EAPE? Como se o conteúdo não fosse relevante? Ou apenas uma forma de convencer os professores utilizando as teorias de Skinner? "Olha, façam o curso e ganhem um "diplominha" para apresentar na hora de pular barreiras"

    ResponderExcluir
  4. Devo citar que durante o curso pareceu que o Daniel (acho que era este o nome) parecia o único interessado em realizar uma construção realmente coletiva.

    ResponderExcluir
  5. Nossa, demorei para ler todo o artigo do Jackson Weley. Apesar do sarcasmo, considerei o texto muito bem escrito e portador de argumentações fortes e bem elaboradas. O texto de Nonato Menezes também está bem escrito. Entretanto, comete falhas de interpretação acerca do artigo anterior e parece estar focado somente em agressões contra diversos grupos e pessoas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Malgrado a forma em que ambos artigos foram escritos, o que mais nos concerne é a discursão do melhor modelo para a educação que praticamos, o que por vezes pode se perder em meio a poeira que todo o movimento de reformulação do ensino no DF esta levantando.Como professores, isto é, intelectuais da educação, temos não somente o direito(agora institucionalizado) mas o dever de nos envolvermos nessa construção, dando nossa contribuição, literariamente, por que não, mas sobretudo participando dos fóruns locais, regionais e central - única maneira de assegurarmos que a proposta que será impantada seja REALMENTE A NOSSA.

      Excluir
    2. É assim: quanto mais você tem que argumentar sobre alguma proposta (ciclos) já falida, mais desespêro e erudição nos argumentos. Quando tudo está sendo imposto é sinal que os interesses só vêm de cima.

      Excluir
    3. Daniel, vc por acaso é o Daniel do fórum? Se for, gostaria de dizer que de todos os presentes, apesar de percebermos que você defende a proposta que nós não defendemos, você é o que se colocou de maneira mais clara, mais direta e com mais respeito aos que participaram do último fórum.
      Você foi o único que respondeu o que pensava, ouviu o que dizíamos, independente de concordar ou não, mas não utilizou as nossas palavras de maneira distorcida. Além disso, não esperou o encerramento para lançar alfinetadas utilizando citações nossas. Parabéns pela postura profissional, espero que os demais colegas de seu grupo se inspirem em seu bom exemplo.

      Profª Ana do CEF 27.

      Excluir
  6. Tive de ler seu texto mais de uma vez para me certificar de não estar enganada em acha-lo vazio. Fiz bem, pois apesar de chato, cansativo, pude me certificar de que não estava enganada. Seu texto tem belas palavras, mas não tem conteúdo. Achei, inclusive, bem engraçado vê-lo dizer que o texto do professor Jackson era um "atoleiro de clichés". Ora, professor! Nota-se que o senhor certamente não leu seu texto ao terminar de escreve-lo!
    Quando vi seu texto, a julgar pela bela figura que o acompanha, achei que finalmente alguém da bancada governista teria vindo a público finalmente explicar como funcionará o tão aclamado (e salvador da educação do DF) ciclo nas nossas salas de aula superlotadas, com a nossa total falta de infraestrutura nos espaços escolares. Ledo engano. Era apenas mais um texto vazio, que nada acrescentou. O senhor gastou seu belo discurso para distorcer as palavras do
    professor Jackson e ataca-lo.
    É essa a sua visão de debate sobre ciclos?
    É assim que pretende defender seu posicionamento?
    É lamentável, professor. Ainda mais para alguém que se julga "esquerdista"!
    E, amigo Jackson, mais uma vez, parabéns! Se o que você vem fazendo é "vazio" e "atolado em clichés", continue! A maior parte dos professores e dos pais estão com você! Orgulho-me em fazer parte da equipe do CEF 27!

    Professora Susana.

    ResponderExcluir
  7. Existe algo mais reacionário que defender a imposição??? Que educação é essa que propõe o conformismo e a "inovadora chibata hierárquica"

    ResponderExcluir
  8. Não pretendo me indispor com ninguém, mas gostaria de argumentar numa discussão saudável.

    Sou professora regente da rede e acompanhei a implantação do ciclo inicial . BIA (bloco inicial de alfabetização) que envolve o 1o., 2o. e 3o. ano do Ens. Fundamental.

    Para implantar mudanças dessa magnitude tem que se fazer direitinho. Naquela época foi feita uma grande discussão com os professores (aqueles que põem as mãos na massa e que portanto tem que estar envolvidos) e depois uma implantação progressiva iniciando com um projeto piloto numa Regional, avaliação do piloto e depois a universalização. Quando chegou à nossa escola, a comunidade escolar já estava familiarizada com a ideia. Amadureceu e tem funcionado bem.

    O ciclo é interessante sim e me lembro das discussões da época, em que havia uma preocupação de oferecer formação àqueles professores que trabalhariam com ele.

    Porém o que vimos nesta gestão da SEDF foi uma tentativa de mudança radical, em todos os níveis, de uma só vez, sem preparação ou discussão com os profissionais. Lembrem-se da questão notarial em que se faz necessário toda uma preparação da documentação de secretaria escolar, dos recursos humanos, etc.

    Não se pode fazer uma mudança dessa sem um mínimo de planejamento e preparo. A resistência é imediata e muito natural.

    Sugestão para a SEDF:

    1.Fazer a mudança gradual - Como foi feito na recente mudança de série para ano. A cada ano se inclui uma etapa, até alcançar o total. Levaríamos, portanto, no mínimo, 5 anos até chegar ao Ensino Médio.

    2. Vincular a mudança à necessidade de cursos de atualização e aperfeiçoamento de todos os profissionais.

    3. A SEDF oferecer contrapartida de estrutura física. Porque não é possível deixar somente a cargo do professor a responsabilidade com a qualidade da educação, em escolas sucateadas.

    Para EDUCAÇÃO de boa qualidade é preciso INVESTIMENTO!! Não é justo cobrar do professor uma mudança sem uma demonstração de vontade política real.

    Quando este governo autoproclamado de esquerda começar a gastar mais com educação do que com o futebol (pão e circo) veremos a sociedade se aliar às mudanças reais. Ainda estamos esperando as reformas das escolas enquanto o estádio vai custar um BILHÃO e meio!!!

    Ficarei feliz em discutir e considerar argumentos contrários, caso a discussão se dê num nível acadêmico e diplomático.

    Um abraço



    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com tudo o que foi colocado. E é assim que acredito que essa proposta deva ser construída, a partir da nossa perspectiva reflexiva, uma vez que, como professores,nos encontramos em condição privilegiada para compreender a problemática da educação, sabendo melhor solucioná-la, portanto. Mas continuo afirmando: a construção esta sendo coletiva. Quarta sim, quarta não, todos os professores do DF estão em sua coordenação coletiva recebendo formação e planejando essa implementação. E é esse momento que precisamos dominar, nos empoderando politicamente, única forma de sairmos das mãos seja de sindicato seja de governo.
      Vamos todos juntos construir a OP dos Anos Finais.

      Excluir
  9. Quanto intelectualismo e guerra de vaidades. Títulos ou pensamentos se vão ao vento quando não se tornam ações viáveis e honestas para um determinado problema. Sou mestre e não me sinto privilegiado ao adentrar uma sala de aula do ensino médio, pois por mais que tenha estudado profundamente minha área de conhecimento e sempre procurando inovar nas aulas, o que os alunos preferem, na maioria dos casos é o curtir ou o compartilhar do facebook. A educação tem de parar de ser mera ação obrigatória e meros índices para serem divulgados no BID ou na ONU.
    Faltam-nos a mentalidade de assumir que nem todos foram e estão aptos a sentarem num banco de escola, que é algo cansativo e ter de ser motivado pelo querer e por objetivos mais honestos que um mero papel social. Estamos num momento de excesso de informação e fracionamentos particulares do saber. Temos de nos limpar desse discurso de esquerda ou direita, pois isso é mero oportunismo de momento de poder. Apenas um teatro existência.
    Paremos com essa hipocrisia que o estado quer melhorar a educação, pois se assim o fizer o que prometerão os que vão discursar nos palanques? E paremos com esse papo de temos de motivar os alunos e nos tornamos palhaços na sala de aula para convencermos os alunos, quem motiva o professor? A educação assim com a saúde e segurança são moedas de troca que beneficiam que usufruem do descaso de nossos governantes, que legislam em causa própria.
    Chega de discursos vazios.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ao colega anônimo acima, poucas vezes eu li um comentário tão certeiro e realista. Entre em contato conosco, gostaria de postar, se for de seu interesse, o seu excelente comentário para que mais pessoas possam lê-lo.
      Tô cansada também desse discurso que obriga a escola a ter que incluir quem não quer na marra.

      http://manifestocontraosciclosnodf.blogspot.com.br/

      e-mail:manifestocontraosciclosnodf@gmail.com

      Excluir
    2. Também concordo. Educação nunca será prioridade para os governos. Primeiro porque não dá voto, pois o retorno não é imediato; depois porque - se de qualidade - prepara o indivíduo de para reconhecer as nuances sociais capacitando-o a fazer escolhas políticas de forma mais consciente. Temos mesmo que parar com qualquer discurso vazio, seja de qual direção for e nos apropriarmos desse momento e fazermos do nosso jeito.
      Eu me identifiquei muito quando o professor diz que não precisamos ser palhaços pra reincantar o aluno. Vivemos uma crise do sistema de educação e do próprio saber e precisamos pensá-la, sem intectualismo ou vaidade, de forma honesta e responsável, sob pena de deixarmos que qualquer implantação seja feita.
      Chegou o momento do político dos PPPs começar a proporcionar o pedagógico da Secretaria. E não faremos isso se não for juntos.

      Excluir
    3. Nós estamos vivendo um momento de mudanças na Educação do DF, aliás, não existe Educação sem mudanças. Quando um sujeito aprende a resolver uma operação matemática, quando aprende a escrever uma frase, quando aprende a ler um texto em suas mais diversas dimensões, em sua vida opera-se um processo de mudança, que irá refletir em todos os espaços que atua como ser humano. Mas em nosso caso, estamos discutindo sobre uma mudança sistêmica, que irá envolver diversos seres humanos em diversos espaços de atuação, e como o professor “se encontra numa posição privilegiada do sistema educativo que lhe permite compreender melhor esse processo” em suas diversas instâncias, “está em melhores condições para intervir”. Por isso, defendemos a construção coletiva, aproveitando os espaços que temos para atuar, para debater, para expor ideias, para sugerir, para construir um projeto que atenda as expectativas do Distrito Federal e do Brasil. Logicamente, não podemos desconsiderar que a estrutura está longe de ser a mais adequada, mais um motivo para nos apropriarmos dos fóruns que estão sendo instituídos como espaço privilegiado para o debate pedagógico de excelência e para a mobilização política da categoria.

      Excluir
  10. Tenho quase 30 anos de secretaria de Educação, esta discussão de ciclos já era considerada Velha em 1985. Hoje fico triste que nestes 30 anos a discussão e o debate ficaram RASOS e SUPERFICIAIS. Em um Jornal eu li que UM Professor havia dito que o DENILSON inventou este DEBATE sobre ciclos . Esta discussão já existia desde o ínicio de Brasília.

    ResponderExcluir
  11. Ao tentar ler o TEXTO que critica os CICLOS eu notei que o CIDADÂO fala como se o debate do CICLO fosse recente. Este debate deve ter quase 100 anos e o FALSO intelectual fala um MONTE de Besteira. Triste TEMPOS em que um grande Intelecutal como o NONATO tem que debater com analfabetos com diplomas de MESTRATO. Esses cursos de pós_graduação estão em TOTAL decadência. TRISTES tempos . VIVA GRAMSCI e viva o NONATO que é o nosso intelectual ORGÂNICO...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Intelectual orgânico KKKKKKK neste país de imbecis qualquer boboca pode ser intelectual e dar palpite em tudo. Só me fale qual país de educação de qualidade que implantou esta bobagem de ciclo. É por estas e outras que transformaram até o Arnaldo Jabour em intelectual.

      Excluir
  12. O que é engraçado no Brasil é que enquanto na Europa se discute o que deve ser ensinado nas escolas. Aqui se discute se deve ou não aprovar o aluno que não aprendeu nada. Eta terceiro mundo que não muda.

    ResponderExcluir
  13. Eu até aceito o ciclo, desde que o pai assine embaixo na hora da aprovação.

    ResponderExcluir
  14. Quem usa nome falso é COVARDE.

    ResponderExcluir
  15. Ou tem receio de ser chamado de cachorro raivoso. Sua participação no debate tem sido vazia Gilmar. Os comentários dos anônimos tem sido mais interessantes. Os seus apenas demonstram que é mais um dos dinossauros petistas que estão na Fundação, mas odeiam professores e defendem a exaltação partidária da bandeira vermelha sagrada. Intelectual orgânico; asheiasuheaisuehasuiehsau, não faz sentido.

    ResponderExcluir
  16. Sou ex- aluno da Universidade de Brasília. Cursei Física entre 1980 e 1984. Apesar de militar no Movimento esudantil, me formei em Física com 84% de aproveitamento. Na época da DITADURA na UnB a MGA (Média Geral Acumulada) era usada para selecionar alunos no MESTRADO, mesmo no Movimento Estudantil eu tinha 84% de aproveitamento. Fiz FILOSOFIA como dupla opção na UnB. Para a seleção do MESTRADO na USP tive carta de recomendação de Mário Schenberg. Claro que você, como GRANDE intectual, deve saber tudo do Mário Schenberg

    ResponderExcluir
  17. Peço humildes desculpas, caro Gilmar. Sou apenas um professorzinho negro da Fundação, moro Ceilândia, provavelmente já fui preso diversas vezes. Sou pai recente, estou sem tempo para começar o meu mestrado (maldito baile Funk), tive a ousadia de cursar Centro Universitário Privado e não ter participado do sagrado DCE(tinha um camarada lá com várias acusações nas costas e brincando de estudante por mais tempo do que deveria). Não recebi carta de recomendação de Schenberg (físico brilhante). A sua carta é garantia de certeza em todos os debates, siga carreira política também (seu mestre ficaria orgulhoso com a sua oratória). Suas credenciais desqualificaram toda a minha linha de argumentação.Jogarei os 14 pontos que escrevi no lixo. Eu deveria é ter vergonha de querer debater com um mestre tão fantástico quanto o senhor.

    Traduzindo: o senhor perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado. Pior do que um ex-diretor sindical que não respeita professores (personalidade Jaca Paladium)...é seu inseparável capachão.

    ResponderExcluir
  18. Eita! Depois dessa iria dormir!

    ResponderExcluir
  19. http://blogdowashingtondourado.wordpress.com/2013/08/25/artigo-para-construir-e-preciso-fundamentar/#comment-117171

    Sua resposta.

    ResponderExcluir