quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O Congresso de canalhas oficializa e empossa o golpe

                        DOM ORVANDIL // http://www.brasil247.com/

Amigo Técnico Jorge Luiz Ferraz, Mairinque, SP

O Congresso Nacional de 31 de agosto de 2016 ao empossar o golpista e traidor, agenda-se como o dia em que os canalhas pensam que venceram.

31 lembra-me março de 1964. Naquele os golpistas que impuseram o sufocamento da democracia sob a força das armas invadiram Brasília em 1º de abril, dia da mentira. Temendo as chacotas populares recuaram a comemoração para o dia anterior, na sua segunda farsa, já que a traição golpista sempre foi sua primeira marca.
Desta vez 31 marcará as paletas dos golpistas como partícipes de mais um agosto trágico para o Brasil e para a democracia, sem conseguir mentir que foi no dia 1º de setembro, dia do início da Semana da Pátria.

Outra marca é a da canalhice. Invocando o golpista senador Auro de Moura Andrade, que inaugurou o golpe de 1964 declarando vaga a cadeira de Presidente na madrugada de 02 de abril, sangrando o Brasil dali em diante por 21 anos, contra quem Tancredo Neves gritou três vezes "canalha". Esse passa a ser o verdadeiro título de reconhecimento que consagra novamente como a horaria dos golpistas de 2016.

Para entender melhor a amplitude desse substantivo o dicionário Priberam amplia com sinônimos e explicações de canalha como bando de pessoas consideradas desprezíveis ou de mau caráter= corja, súcia; patife.

Nos últimos dias e últimas noites de julgamento da Presidenta Dilma Rousseff e da democracia brasileira a acusação aos golpistas que mais se ouviu ecoar pelo Brasil foi a de são canalhas, com toda a densidade de significados dicionarizados.

E foi o que aconteceu. O Senado reuniu 61 canalhas contra a justiça e contra a verdade. Irracionais, maus carácteres desprezíveis, fundamentalistas, racistas, ricos e corruptos atentaram contra a democracia e contra o Brasil.

O escárnio dos canalhas se completou à tarde quando deram posse ao golpista e traidor.

O Congresso Nacional, composto da Câmara dos Deputados de Eduardo Cunha e seus 367 Ali Babás ladrões, e do Senado dos Aécio Pó Neves, José "23 milhões" Serra, Ronaldo Caiado, ruralista amante de terras indígenas, dos pequenos agricultores e da escravização dos trabalhadores rurais, da Ana Amélia Lemos, a bufa da RBS, da Marta Suplicy, a traidora que nem sobrenome tem e de todos os fisiologistas e oportunistas comprados que se perfilam sob o número da besta, o 61, se engalanou para oficializar o golpe ao presenciar o sem votos, com um programa de destruição nacional e dos direitos sociais, declarar juramento como presidente.

Canalhas! Todos são canalhas!

Canalhas porque retomaram a linha autoritária do Congresso mudo, surdo e omisso aos crimes da ditadura. Lá esse Congresso serviu apenas como aparelho serviçal dos ditadores fascistas e sanguinários. Reduziu-se à condição de colégio [reduto eleitoral] de eleições indiretas de generais loucos, neuróticos, mal amados e fascistas entreguistas da Pátria.

Os canalhas desenterraram o Congresso dos que não ouvem o povo, dos que não se movem com os corações pulsando justiça social e verdade.

Os canalhas restauraram neste fatídico 31 de agosto o Congresso dos pulhas que serviram cabisbaixos ao mercado, que tinha um traidor de princípios, da ciência e da soberania nacional na Presidência, o indigitado FHC, golpista por detrás dos calhas de hoje.

Os canalhas sem razão e sem coração são os mesmos cujas campanhas eleitorais de luxo compraram eleitores, eleições, cargos e traições.

Venceram momentaneamente os canalhas mentirosos, sustentados com farto dinheiro público e polpudas propinas, que enganaram a Nação com o teatro macabro de que se moviam pelo interesse em debater e conhecer o processo contra a Presidenta Dilma, na verdade o golpe contra a democracia.

Nada. Canalhas não escutam, não estudam, não sentem porque suas mentes são deficientes intelectualmente e sua moral é rasa.

Tudo se armou fora do ambiente do Senado, regado com muito dinheiro, que só alimenta os sem honra, sem Pátria e sem democracia.

Os canalhas sempre vencem quando a maré junta os lixos acima da água limpa da luta por uma sociedade sem pulhas no poder.

Mas a maré que mantém acima os canalhas baixará. Não baixará espontaneamente, mas pela elevação do nível da água limpa que corre forte e plena de vida.

Essa água nunca parou de regar as raízes da nova sociedade, que ainda não aprendemos a construir juntos.

Essa água invadiu muitas capitais nessa noite, embora os brucutus ressuscitados pelos canalhas se atravessassem com sua brutalidade e violência.

Novas táticas serão construídas para a estratégia da expulsão definitiva dos canalhas da classe dominante, usurpadores do Estado, no qual montam as máquina dos crimes e da opressão!.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.

Dom Orvandil

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