sábado, 3 de setembro de 2016

Band / Rede Bandeirantes -Família Saad - Irmandade do Caos







Descendente de imigrantes sírios, chegou à capital aos 5 anos, acompanhado de seus pais libaneses, Jorge João Saad e Raquel Amate Saad.[1] Começou a trabalhar cedo no comércio do pai, na esquina da rua 25 de Março com a ladeira Porto Geral.[2] Quando completou 21 anos, passou a percorrer o país como caixeiro-viajante. Nessa época, início dos anos 1940, não imaginava entrar para o mundo das comunicações.

No inverno de 1947, João Saad casou-se com Maria Helena de Barros Saad, com quem teve cinco filhos: Johnny Saad, Ricardo Saad, Maria Leonor, Marcia Saad e Marisa Saad. Em 1 de julho de 1948, Saad assumiu a Rádio Bandeirantes, que pertencia a seu sogro, o governador de São Paulo, Adhemar de Barros.[1]

Com a PRH-9, ele daria início ao que viria a se tornar o Grupo Bandeirantes de Comunicação. Quando já possuía uma cadeia de rádio, inaugurou a TV Bandeirantes, canal 13 de São Paulo, no dia 13 de maio de 1967. Nos anos 1970 estaria montada a Rede Bandeirantes, emissora importante para o Brasil principalmente para o esporte brasileiro. Saad também atuou como empresário no setor imobiliário e agropecuário.

Morreu em 10 de outubro de 1999, vítima de câncer generalizado.



Rede Bandeirantes: a história de um calote multimilionário

Empresário ataca quem se interessa por equipamento que vai a leilão judicial


A Rede Bandeirantes de Televisão corre o risco de falir por causa de um calote multimilionário, de R$ 100 milhões, que seu presidente, João Carlos Saad, vulgo Johnny, aplicou na companhia japonesa Furukawa, que lhe vendeu uma rede de fibras óticas. A este golpe, somam-se outros contra os governos federal e de estados onde sua rede atua, contra outros fornecedores e ex-funcionários.

Por causa do golpe que Johnny aplicou, por meio da TV Cidade, integrante do Grupo Bandeirantes, a rede de fibras óticas vai a leilão judicial. A TV Cidade foi executada judicialmente em 2005 por não honrar o pagamento das parcelas do negócio.

Derrotado em todas as instâncias judiciais, o Grupo Bandeirantes passou a agir de maneira afrontosa ao jornalismo e à democracia, atacando, nos moldes do chamado jornalismo marrom, empresas e empresários envolvidos em negócios legais e legítimos.

Entre os atacados, está a Net (de serviços de televisão a cabo), de propriedade do bilionário mexicano Carlos Slim e da Rede Globo, e o grupo liderado pelo empresário Nelson Tanure, que manifestaram interesse em participar do leilão para a aquisição da rede de fibras óticas.

Johnny Saad, em vez de tentar honrar seu nome na praça e quitar a dívida, preferiu, de maneira torpe e desesperada, atacar os interessados em disputar o equipamento que ele está perdendo por incompetência e falta de seriedade na condução de seus negócios. Esta prática, de chantagismo, foi repetida ontem à noite em um telejornal da emissora.

Dívidas

As dívidas da TV Cidade são estimadas em R$ 680 milhões, quase a metade desse valor tendo como credores o governo federal e os governos estaduais em que a emissora atua. Também são credores dezenas de companhias fornecedoras e acionistas da TV Cidade, que presta um péssimo serviço aos seus já minguados clientes, usuários de fibras óticas.

As dívidas da TV Bandeirantes são também estimadas em centenas de milhões de reais, como revelou na edição de ontem o Jornal do Brasil.

Com o leilão da rede de fibras óticas, a emissora perderá seu único ativo e já está incapacitada de honrar todos os seus demais compromissos e obrigações, o que certamente resultará em uma quebra. Essa situação da TV Cidade poderá levar todo o Grupo Bandeirantes à falência.

O Jornal do Brasil está levantando o conjunto de dívidas do Grupo Bandeirantes de Televisão junto às Secretarias de Fazenda de praticamente todos os estados brasileiros. Apura também a relação incestuosa entre Johnny Saad e a Igreja Renascer.

Johnny dá golpe nos irmãos Saad

O presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad, vulgo Johnny, quer sempre levar vantagem em tudo. Entusiasta da conhecida “Lei de Gerson”, Johnny conseguiu indignar até mesmo os quatro irmãos mais novos, que o processaram judicialmente na tentativa de recompor seus direitos usurpados pelo primogênito, depois da morte do patriarca.

A disputa judicial ocorreu no início desta década. Em outubro de 1999, morreu aos 80 anos o empresário João Jorge Saad, fundador, em 1967, da TV Bandeirantes, canal 13, de São Paulo. Seu João, como era mais conhecido, casara-se em 1947 com Maria Helena, filha do governador de São Paulo Adhemar de Barros, notabilizado no cenário brasileiro pelo slogan político-eleitoral “Rouba, mas faz”.

No ano seguinte ao casamento, seu João assumiu a emissora radiofônica do sogro, a Rádio Bandeirantes, dando início ao atual grupo empresarial especializado em comunicações e submetido, hoje, a mando de Johnny, à divulgação de noticiário com calúnias, injúrias e difamação para ameaçar concorrentes.

Em vida, seu João doou aos cinco filhos – Johnny, Ricardo, Márcia, Maria Leonor e Marisa – participações societárias nas empresas do grupo. No total, Johnny tinha direito, em relação aos irmãos, a cerca de 2% a mais do capital social da principal fornecedora de programação para as emissoras da rede, a RTB.

Com o objetivo de manter as empresas do Grupo Bandeirantes de Comunicação unidas e sob controle da família Saad, seu João formulou em testamento uma exigência clara: que o patrimônio empresarial fosse dividido igualitariamente em cinco partes, cada uma delas para um filho. Incluiu aí as cotas doadas em vida pelo então presidente do grupo, fossem quais fossem as quantidades destinadas a cada um dos cinco.

Empresário aproveita-se da morte do próprio pai

Com a morte do pai – e da mãe, três anos antes – Johnny Saad sentiu-se desobrigado de cumprir os compromissos de honra firmados com os irmãos, sob a orientação de um chefe de família tão preocupado com o futuro dos seus, como era seu João. Logo, para ele não foi difícil também burlar os compromissos legais, desobedecendo às cláusulas contratuais e de testamento que determinavam cotas idênticas para todos os herdeiros.

Como acontece nos inventários, as cotas da sociedade não poderiam ser negociadas sem o consentimento de todos os filhos. Espertalhão, Johnny não deu importância a este preceito basilar das leis brasileiras. E tratou de mudar em 2000, com o pai ainda pranteado pela sociedade brasileira, dois itens do contrato social da RTB.

A primeira alteração foi feita em setembro de 2000 e permitiu que Johnny passasse a ocupar o cargo de diretor-presidente da companhia. Dias depois do que foi considerado pelos surpresos irmãos como “um golpe de Estado” dentro da Bandeirantes, Johnny fez uma segunda modificação contratual: ele simplesmente transferiu parte de suas cotas ao sócio Autílio de Souza Oliveira. A transferência não cumpriu o direito de preferência dos demais irmãos, determinado em documentos legais firmados em vida por seu João. Oliveira era um estranho à família Saad.

Indignado, Ricardo Saad recorreu ao Poder Judiciário, em nome dos espólios do pai e da mãe. A 33ª Vara Cível de São Paulo reconheceu que Johnny Saad agiu de maneira irregular, às escondidas, sem o consentimento dos demais herdeiros, ao promover alterações no contrato social da emissora.

A Justiça de São Paulo concluiu que as argumentações de Ricardo Saad eram legítimas e anulou as duas alterações contratuais, voltando o documento ao seu modelo original. Concluiu ainda que a ação subterrânea de Johnny resultou em “situação de insegurança jurídica”, o que provocou “efeitos deletérios nos negócios da empresa”.

Disputa familiar revela negócios clandestinos

O fato é que as disputas judiciais entre os irmãos Saad dificultaram muito a captação de novos investidores pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação. As trapalhadas do primogênito serviram como uma advertência ao mercado: negociar com um homem conhecido por Johnny talvez não fosse bom negócio, devem ter concluído, de modo jocoso.

Ricardo não foi o único Saad a acionar judicialmente o próprio irmão. Sua irmã Márcia também recorreu ao Judiciário para impedir a entrada de novos sócios na Bandeirantes, conforme processo da 1ª Vara Cível de Pinheiros, em São Paulo. A ação cautelar é movida contra o próprio Johnny.

No processo, apoiada pela irmã Maria Leonor, Marcia Saad sustenta que Johnny estaria fechando contrato com o Deutsche Bank, autorizado, irregularmente, a ofertar no mercado externo as ações da Bandeirantes. Outra operação clandestina denunciada por ela é a tramada entre Johnny e a companhia Eurovest Global Securities, para a renegociação de parte de dívida externa da emissora, orçada em US$ 100 milhões, com a transferência de ações aos credores.

Marcia Saad sustenta que as operações são irregulares, porque as cotas da sociedade estão arroladas em inventário e não podem ser negociadas sem as autorizações dos herdeiros e da Justiça.

Os quatro irmãos consideram que o fato de Johnny ter uma cota pouco maior do que eles não passava de mera formalidade. Na prática, como o pai sempre defendeu e estipulou documentalmente, o patrimônio era dos cinco. Só que o primogênito, mesmo sabendo disso, os traiu.

Band e jornal ‘Metro’ sujam a liberdade de imprensa



É inacreditável, mas a Rede Bandeirantes, de forma inescrupulosa, afronta sua já rarefeita credibilidade ao, repetidamente, atacar empresas concorrentes interessadas em comprar, via leilão judicial, rede de fibras óticas da TV Cidade, subsidiária do grupo afundada em dívidas estimadas em R$ 680 milhões. A rede de equipamentos vai a leilão para cobrir inadimplência da emissora. 

Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, a TV Bandeirantes requentou velhas mentiras, caluniou, difamou e injuriou o empresário Nelson Tanure, legal e legitimamente interessado no negócio de fibras óticas.

Fez mais, a mando de João Carlos Saad, vulgo Johnny, que se esquece de todos os princípios de retidão e de liberdade de imprensa, após ter dado um golpe multimilionário no mercado em que atua. Negou o direito de resposta, mesmo com o empresário pedindo e até comprando espaço e tempo nos veículos da Bandeirantes para se defender, em comportamento que lembra os tempos da ditadura e se assemelha aos ataques à liberdade de imprensa que hoje acontecem na Argentina e na Venezuela. Sua empresa faz censura prévia de anunciantes, fato condenável em qualquer sociedade democrática do mundo.

O direito de defesa, é bom Johnny saber, é garantido a qualquer cidadão pela Constituição brasileira. 

É assim que agem ditadores, golpistas, estelionatários, falsários, chantagistas e praticantes de jornalismo marrom. Johnny esquece-se de que sua emissora é uma concessão pública do governo federal, e, além de vender irresponsavelmente o espaço para questionáveis pastores evangélicos, usa-a para seus nojentos e condenáveis fins pessoais. Concessão que perderá, se a empresa falir. 

Johnny Saad será cobrado na Justiça para responder pelos vergonhosos atos do Grupo Bandeirantes, agravados pela repetição de ataques na televisão aberta, na televisão a cabo e no seu desqualificado jornaleco.

Resta ainda uma pergunta, que salta aos olhos em uma reportagem que o Jornal do Brasilpublica hoje. O que esperar de alguém que, como Johnny, desrespeita o testamento deixado pelo próprio pai e, por isso, é acionado judicialmente por seus irmãos? Johnny Saad, assim, acata a célebre definição feita pelo ex-deputado Clodovil Hernandes: “É um ladrão”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário